A tela e a moldura se unem,
Estabelecem uniao,
O quadro surge em materia e
emoçao.
Neste momento surgí, como um
ponto e uma cor.
Podendo optar por aguarela,
óleo ou grafite.
Importanto que me identifique.
Ao longo dos anos expressei
muitas tendencias e realidades.
Entendia muitas pinturas como
minha vida, como verdades.
Pintei, pintei…
A moldura me dava limites, meu
pai.
A tela aceitava, permitía,
nao criticava, so recebia, minha mae.
E Eu, a pintura, a cada momento
criava a arte de cada dia.
Acostumei com as expreçoes, traços
de minha historia.
A pintura é minha memória, mesmo
que enquadrada.
Como a comedia de D’Ante foi
pintada.
Sábia uniao da moldura com a
tela.
Mantendo meu mundo em duas
dimensoes.
Me hamonizando com ambientes,
decorando espaços.
Hora aceitando muitas cores e
curvas, hora só traços.
Descobri que nao sou mais que
indivíduo.
Unico, exclusivo.
Minha existencia é um exustivo
manter da tela e a moldura.
O identificar, a assinatura, o
estilo Flávio Emílio,
Passa por muitas variaçoes.
Genios e humores, paixoes e
amores.
Tudo expresso neste quadro vivo.
Até que, de repente, algo
estranho acontece!
A moldura se vai, desaparece,
falece.
Meus limites, sem ..., sensaçao extranha
, desamparo, insegurança.
A tela perde sua força, suas
fibras ja nao acompanham pinturas.
Aceita e nao absorve, as
vezes escorre o excesso das tintas.
Se entristece…
Minhas tentencias ficam mais
cuidadosas.
Procuro acompanha-la, aceita-la,
ama-la.
Minha inspiraçao mudou, foco
mais amplo.
E mais uma vez algo acontece.
A tela mae desaparece, desfaz,
transmuta.
As pinturas ficam soltas, no
espaço.
Tres dimensoes sao minha nova
realidade.
As imagens associam em outos quadros.
Como magia me torno moldura.
Referencia pura a enquadrar tela,
ou telas.
A permitir o desnvolvimento de
novos Dantes.
A representar a comedia da vida.
A representar a comedia da vida.
FÉ, Campo Alegre,06 de maio
2012.

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