jueves, 27 de octubre de 2011

Café da Roça

Pés coloridos, vermelhos cereja, amarelos esverdeados.
Proza de colheita, chapeus, peneiras, panos e escadas.
Carretas , terreiros cheios de graos e sonhos,
Sabedorias envelhecidas a rodar o café nos rodos de madeira.

Secadores e fumaças, lenhas e suor!
Noite a dentro, a manter o sonho real.
Frio de inverno, poeira nas estradas
Verificar do ponto de seca, amostras e tal…

Tipo excelente, cheiro e cor.
Poucos defeitos ali vamos enchendo as sacas.
Sessenta kilos cada, habilidade nas costuras.
Empilhando sacas em tulhas.

Venda e momentos de tensao.
Melhor preço, argumentos, coraçao.
Desafio cumprido, mais uma safra se vai.
Meu sonho se materializa.

Tocar a roça em seus projetos, novos investimentos
Alegrias e tristesas, sentimentos
Muitos anos, muitos panos, muitas rugas.
O cheiro do café torrado me entra na alma


Me excita me acalma, e ali vou para caneca
Tirando do bule a agua quente
Despejando ela quase fervente
Vejo a transformaçao no cuador de pano .
O café da roça, dos sonhos…

Cheiroso, quentinho, de cor caramelo marronzinho
Revela sua origem , das serras de minas
torrado na lenha,no fogo verdade.
Horas rodando, chocoalhando, mudando de cor.

Ciencia antiga, quem coñéese, que me diga.
Eta cafézinho bao sô!




FÉ- Cozinha da Campo Alegre, 25-10-11

No hay comentarios: