Dezembro.

Quase reta final de mais uma maratona do calendario gregoriano.
Cansado , aterrorizado, esgotado, desmotivado, cheio de pecado …
Tudo isto poderia fazer parte do arsenal de queixas do atleta nesta fase final de corrida.
Mais nao, que nada.
Algo diferente, olhar claro, sem filtros, olhar para frente.

Anos passaram, padroes criados, como evita los?
Sao 57 anos de vida, de fases, de etapas, de momentos.
Muitos arquivos, muitas informaçoes, muitos sonhos, muitas ilusoes.
E como uma linha demarcadora de limite, de fim ou de inicio, vem mais um fim de ano.
Mais um vício na mente da razao.

Esquina, referencia, ponto final.
Dizem: tudo se renova, ou, fazemos de novo! Isto é ser mortal.
Será por que nao usamos a parte desconhecida?
Aquela que chamamos de incosciente. Age de pronto, nao mente, age.
Ah claro! Fico sem referencia, quanto mais razao , mais demencia.
Embriagar de palavras e expressoes.

Pobre razao ciumenta, é tao limitada que nao aguenta se calar por segundos.
Pobre.
Se assemelha ser filha de abastados, cheia de riqueza, de citaçoes, predicados, adjetivos
Títulos de já sei!
Pobre.sim, És pobre.

Sábia rica inconsciencia, acompanha calada, livre a enviar estímulos e sinais.
Respeitando sua companheira, deixando ela pensar que controla. Ha ha ha!
Aliaz, é tudo que ela faz, pensar, pensar, e pensar…

Entao, a reta nao é reta, e nem é final de meta.
Nao existe corrida alguma, somos imortais.
Tudo , tudo, é tao imenso que só falo e nao dimenciono.
Estamos em relaçao, mudanças e em constante expansao.

Energias em açao., domínio sem dono.
Coraçao..
E ele pode ser fisico, forte e sético.
Resultando movimentos pobres e patéticos.
Mais se ele for poético, sensivel, harmonico,
Aí sim, o movimento pulsa, aquece, ama.

Cegamos a medida que os valores se separam.
Como se só, pudessemos ter : ouro ou prata, cobre ou ferro, branco ou preto.
Cliche social, cola perfeita para comodidade de nosso falso moral.

Dualidades filosóficas, imprecisas explicaçoes.
Aquilo que, “se nao esta a fim, está a principio”.
Falsa ideia de ciclos, pouca criatividade, nada a perceber.
Onde para estar vivo, necessita morrer.
Pobre, pobre razao, sacia sua fome alimentando de explicaçao.

Pare, se solte, respire., sinta sua presença.
E parta de aí pro desconhecido mundo que lhe pertence.
Ame. Ame, ame!

Luz divina, fé e intuiçao, sementes que espalho pelo mundo ao meu próximo, ao meu irmao!



Feliz Natal!

FÉ 02/12/2010 Sitges, Barcelona,