viernes, 20 de noviembre de 2009

Sô Milin, o caipira!


Me leva santa emoçao,
A sentar na beira do açude e pescar lambari.
Me leva viver o frescor do ar da roça!
Das nebrinas que nas manhas de junho móia us zóios inté us pé.
Os piá da passarada, das rolinha empoeirada abanando as penuja pra modi se limpá.

Santuario verde , ondi os berrá dos boi se mistura nas paizage do lugá!
Onde os cuí cuí das priá no brejo me alembra infância.
.
Páia i paió, otro santuário, o da fartura
Pois mizéria ninguem atura. Bao memo é de te, pra mode de uzá!
Lugá de chamá a galinhada, bruuu tititi, quite quite quite.

Eta roça sagrada, arreio i traia pindurada
Cherando de egua suada
A espera do lombo de um bao alazão,
castanho ou que estaja com cabresto na mao.
.
Sair pras montanhas, matas i vargedo.
Buscar bizerros nascido, vacas parida y tirá os alongados.

Marchando na tuada da pricisão.
La vou por aí ispiando minha busca.
Achando o pirdido.
E cumeno as frutas do pé.

Eta mixirica cherosa!
Goiaba de veiz
Araticum docim!
Marolo desejado com gosto de faz um ano!

Na fomi do bucho, me alembro.
Cheiro da lenha queimando
Me alembro da Bá, da Nega, me lembra de vortá,
De: assenta na mesa cum a turma rapais.


Na proza falada do feito já feito.
Nos ispanto i rizo dos assunto falado
Cheirando paiero cum café de saco, no arpendre.
Saimu tudo de uma só veiz.

Vamo imbora moçada a tarefa num espera.
Sortà i prendê bicho, abri de fechá portera.

Batê de leite nas lata, sortá os cedem das vaca, ovindo as moda nas radia.
Nos pasto das três hora, cansaço já bate no lombo.
Nos chamando pra fecha o que ta sorto.
Ruma bezerrada,
Ruma vaca,
Ruma!

Óia as ropa no varal, corre que vai chuve!
Vem sentá no arpendre pro café´da tarde, vem!.
Tarde y noite já vem vindo.
E entre muitos fiapos de matos mascado no dente.
Sentamos na grama ainda quente.
I garramo pruziá

Inté manham cumpadi!
Inté...

Fé 18/11/09 Sitges. ( Sô Milin ) 0 Caipira

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