
Vírgula,um barranco pra sentá, tempo de refreti e quem sabi um pontu finá!
Fumo di rolo cortado bem fininho nu meio da minha mao.
ETA fumo cheirozo, macio e fromozo!
Este é um goianinho que um amigo me deu.
Truxe lá du mercado di Berlizonti.
O que fumei pru derradeiro era di poço Poço Fundo, negro i forte!

Dispois de alizar a páia, pra riba nas costa du caniveti,
Corto uma tirinha pra pialo, e do um piquinho na ponta pramodi enrolá.
A lambida na paia é de lei.
Faço isso sem pressa, com uma olhada di lonjura,
Supiro longe e bem fundo, imaginando a doçura daquilo que vou pitá!

Aí risco meu fosfro, fazendo a mao de concha.
Acendo o paihero pitando di um modo espiciá.

Pito, pito treis veiz, batendo na fôia da unha cun a ponta.
Aí óio a brasa do fumo e pito por mais uma veiz.
E suspiro bem fundo, sortando a fumaça pro arto,
Discançando deste mundo, as coisas que vou faze.
Eta pitada boa, que inté me ponho a sentá!
Pro riba dos carcanha me cocoro.
Gemendo pra agachá.
Um vintém cuspo no chão,
Limpando o gosto do ardido,
Di tudo que fiquei aburricido,
I garro a pruziá.
A proza cumeça cumigo, dispois com Deus dispois é só fumaça e pito...
Zaragoza, 28/09/08, ¡hoy hay conocido La Virgen Del Pilar!
FÉ
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