Caro Tomé
Já passam 459 anos de sua estada aquí no Brasil, e imagino que ao regressar em 1553 debe ter trazido consigo muitas informaçoes, alegrias de realizaçoes, exitos e talves algumas frustraçoes.
Isto suponho, claro. Estou aquí em frente seu busto, em sua cidade natal, Rates,
a maginar em que pensava ao ir em sua embarcaçao para um continente completamente novo de seus conhecimentos, virgem de colononizaçao europeia, e com uma possibilidade de ilusionar, criar, e despertar uma nova sociedade.
Pois bem, só com estas perguntas que estava a me fazer, experimentei um tipo de transe de vivenciar virtualmente suas visoes e respostas.
Mais aquí, a praça de sua cidade esta sendo uma boa ancora a impedir minha navegaçao imaginaria. Sao 17:00h o sol ainda esta alto, uma brisa constante e fresca atravessa a praça e vivo mais a experiencia do aquí, o seu berço Portugal, do que me transportar para o meu Brasil.
Há uma real calmaria, poucas pessoas, pouco movimento, como se aquí em Rates depois de sua volta as coisas permanecessem paradas.
Mais insisto entao na pregunta. O que pode pensar um homem ao saber que existe quase um continente de dimensao como a america do sul, esperando para ser governado?
Tu Tomé, foste o primeiro governador do Brasil. Qual seria a visao de seu superiores portuguses, Reis, a determinar lhe este governo?
Como nasci 400 anos depois de sua saida em 1553, posso lhe dizer quase como afirmaçao, que se ao embarcar indo rumo ao Brasil tivesse uma visao do mundo, mundo de agora, seus resultados com certeza poderiam ter contribuido mais para a construçao de uma nova humanidade, e nao somente de um pedaço de terra denominado país.
Advinhar é impreciso, e visionar é preciso! Necessário e vital.
Pois com objetivos egoistas, pequenos, vaidosos, estamos a mais de 3000 mil anos, construindo insanidade e prazeres imediatistas, e um millar de amontoados de obras em pedras com imagens e expressoes de artistas a habitar locais vazios, tristes, sem vida.
E sempre neste ao redor destes acervos mora atualmente pessoas desesperansosas, sem perpectiva, a praticar apenas o necessario para suas subsistencia.
Caro Tomé de Souza agora aquí em frente a seu busto, digo: Acabaram se os continentes inexplorados, os espaços naturalmente decorados pela mae naturesa.
E depois de 508 anos de descobrimento, de quebra de paradigmas, de limites de navegaçao, acabaram se os sonhos de haver um local que poderíamos fugir.
Agora estamos sim, descobrindo que teremos que conquistar um novo espaço, que teremos que navegar de uma outra forma, que teremos que encontrar o continente de nossa verdadeira excencia, o continente da naturesa humana.Onde os olhos nao nos revelarao a visao fundamental.
Pode ser Tomé que percebeste isto ao regressar, pode ser que sua sabedoria lhe mantivesse em silencio a respeitar o desabrochar de cada um. Pode ser que ja alcansaste este continente. Pode ser…
E eu aquí em frente ao seu busto, me referencio a voce, e a todos os exploradores, que independente do resultado de suas conquistas, me fizeram refletir que nao é atraves destes mares que encontraremos o celeiro para edificarmos a nova humanidade.
Que Deus nos abençoe e nos guie em nossas navegaçoes.
FÉ Rates 27 de junho do ano de 2008
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